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Esporte bom para cachorro

Talentos migratórios

O sonho de jovens que deixam a cidade onde nasceram para entrarem em um grande clube de futebol.

Por: Marcilio Albuquerque

Edição: João Gabriel

Tendo o sonho de se tornar um jogador de futebol profissional, o filho mais novo de Cláudia Santos, Ítalo Santos, viajou para São Paulo. A mãe relata que a situação na casa já não era boa há algum tempo. Por isso, ele sempre quis ir para fora do estado para jogar futebol e, assim, conseguir mandar algum dinheiro. “Ele fica na casa de uma tia, que eu sei que vai cuidar bem dele”, comenta.


A realidade de Cláudia não é diferente de outras mães cujos filhos foram embora a fim de ganhar o mundo. Jovens da periferia de Pernambuco e de outros estados são levados por olheiros – hoje denominados observadores técnicos – para São Paulo, Rio de Janeiro e outras grandes cidades para que seu talento com a bola seja aproveitado. Assim como Ítalo, eles passam por vários testes para entrar nos times.


São Paulo é o principal destino devido a maior quantidade de oportunidades. Isso ocorre não só no futebol, mas também em outros esportes. A vendedora ambulante Talíria Alves foi para a capital paulista há dez anos para acompanhar o filho. Douglas, que chegou a se tornar jogador do Palmeiras, optou por continuar com sua família por falta de oportunidades de crescimento profissional.


A mãe lembra que, “na época, era desempregada e o pai de Douglas estava para ser demitido do emprego. Foi então que nosso filho recebeu a oferta de um olheiro. Foi ele mesmo que deu a ideia de irmos todos para São Paulo. Foi primeiro de avião e, dois dias depois, eu e meu marido partimos de ônibus. Chegando lá, fiz de tudo: fui garçonete, manicure, secretária, vendedora de loja e cheguei até a vender água de coco, suco e refrigerante junto com uma amiga. De lá pra cá não parei mais. Meu trabalho somado ao que o Douglas ganha nos sustentam muito bem”.


Talíria conta que o trabalho como vendedora ambulante começou por acaso e foi sua salvação após o marido falecer, fato que desestabilizou a família. Recuperados da perda, hoje, ela e o filho só voltam ao Recife duas vezes por ano.


No processo de recrutamento de novos jogadores, o olheiro Cézar Agulhos acredita que “antes de tudo, é preciso saber com que clube está lidando e o que falta nele. É em cima disso que ele irá montar um bom time, pois nem sempre é preciso várias pessoas talentosas no ataque ou na defesa. Se o time todo não for ao menos satisfatório, não será bom. Na Copa do mundo mesmo, não adianta ter um só grande jogador se ele não souber jogar coletivamente”.


Sobre o novo termo, a mudança ocorreu pelo desgaste do nome “olheiro”, mas, apesar da substituição, a função consiste na mesma tarefa, ou seja, buscar nas categorias de base por jogadores que possam, no futuro ou mesmo imediatamente, acrescentar-se ao elenco dos clubes. Segundo Cézar, cabe ao observador técnico a tarefa de prestar atenção quando avaliar um atleta, pois todo detalhe é importante.


Mas quem pensa que um garoto bem avaliado por um observador técnico já está dentro de um time está enganado. César conta que ainda há outra etapa antes da aprovação final, que é passar uma ou duas semanas de observação no time. Nesse período, tudo é decidido.


Também se engana quem pensa que falar com um olheiro é garantia de ter seu perfil avaliado para concorrer a uma vaga em uma equipe. Há aqueles que pegam o dinheiro oferecido para custear hospedagem e alimentação dos garotos e somem, deixando-os de mãos vazias. Cézar pontua que, para lidar com um olheiro, é preciso sempre pesquisar de onde ele veio e para quais times já recrutou. Telefonar para os clubes em que eles dizem ter contribuído é uma atitude que deve ser tomada.


 
 
 

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