Para desestressar: trilhas são a nova onda de aventura
- impactoesportivo
- 3 de dez. de 2018
- 3 min de leitura
Uma prática ideal para quem deseja reduzir a probabilidade de depressão e diabetes, tonificar os músculos e melhorar o sistema cardiorrespiratório.
Por: Paula Aguiar e Thaís Schio
Edição: Thiago Barreto
Desbravar novos lugares, se exercitar, fazer novas amizades, adquirir conhecimento cultural sobre cidades famosas por suas belezas naturais. Tudo isso é possível quando você decide participar de trilhas ecológicas. Com origem no século XIX, as primeiras trilhas foram realizadas por trabalhadores holandeses que colonizaram o continente africano. A prática ficou conhecida como Trekking, que significa migrar. No Brasil, em 1922, aconteceram as primeiras caminhadas ecológicas organizadas por amantes da natureza.
Há diversas fases e formas de realizar as caminhadas. Existem trilhas que duram algumas horas, conhecidas como trekking, na qual o participante caminha por volta de 10km. Já as travessias de longas distâncias podem durar vários dias, exigindo que o praticante leve equipamentos como barracas, para pernoites, e alimentação. Outra modalidade é o trekking de regularidade. De caráter competitivo, o percurso é desconhecido pelo praticante e a trilha tem tempo e local definido pelos organizadores. Por fim, o de velocidade conhecido também como corridas de aventura. O desafio do competidor é achar o melhor caminho usando uma bússola.
Para os praticantes, exames médicos previamente realizados são de fundamental importância para evitar qualquer tipo de contratempo. Ao obter a liberação médica, algumas dicas são: ter um vestuário adequado para caminhada, assim como bons calçados e uma mochila para levar objetos, primeiros socorros e alimentação.
A prática no Recife
Em Recife, há um ano, o educador físico Marcus Azeredo, 29, resolveu fundar o projeto “Picos e Trilhas”. Ele conta que a vontade surgiu logo após uma viagem que realizou para a Chapada dos Veadeiros, em 2017. Na ocasião, teve a oportunidade de presenciar de perto as belezas naturais do lugar, além de ter realizado diversas trilhas pelo local. “Já havia feito algumas trilhas por lazer mesmo, mas nunca havia pensado em abrir um negócio nesse ramo”, afirmou.
Agora, de novembro do ano passado até o momento já foram 15 edições organizadas pelo Picos e Trilhas. Nesse período, cerca de 500 pessoas participaram do projeto. Em Pernambuco, as cidades de Belo Jardim, Bonito, Gravatá, Cabo, Calhetas e Buíque foram alguns dos destinos escolhidos. As trilhas também foram feitas fora do estado, como no litoral sul da Paraíba e de Alagoas.


A assistente social Ana Lúcia Lira participou de uma das edições. Ela considera que a experiência foi inesquecível. “Realizar um trilha é a certeza de experimentar as melhores sensações. Os organizadores são profissionais atenciosos, pontuais e fraternos”, afirma. Foi mesma impressão constatada por Ana Paula Almeida, que elogiou a organização e a escolha dos locais.


Segundo Marcus Azeredo, os benefícios que essa prática pode proporcionar são vários, como a diminuição do estresse, redução da probabilidade de depressão e diabetes, tonificação dos músculos inferiores e melhoria no sistema cardiorrespiratório. Além disso, é possível desenvolver a empatia e o colaborativismo, fatores importantes que marcam as caminhadas. “A prática da trilha trabalha muito a questão do companheirismo, de um ajudar o outro em momentos difíceis. Isso acaba nos tornando mais humanos”, define.


Ele garante que há planejamentos para o futuro. No próximo ano, por exemplo, a ideia é de realizar passeios não só com trilhas. Em Janeiro, o Picos e Trilhas pretende organizar um camping na praia de Maracajaú, no Rio Grande do Norte. “A longo prazo espero implementar outras atividades no ramo de esporte de aventura, como rapel, rafting, além de trilhas de bike”, disse.
Se interessou e quer experimentar fazer uma das trilhas?
É só acessar as páginas do Picos e Trilhas pelo Facebook ou Instagram e mandar uma mensagem.
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