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A trajetória de Pedro Galindo no Jornalismo esportivo independente

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Esporte bom para cachorro

A trajetória de Pedro Galindo no Jornalismo esportivo independente

Atualizado: 3 de dez. de 2018

O jornalista conta detalhes da criação da Revista Febre, além das alegrias e barreiras na construção do veículo alternativo

Por Beatriz Albuquerque e Letícia Silva.

Edição: João Gabriel


Em tempos de divulgação em massa de notícias falsas, as chamadas fake news, e de jornalismo corporativo, que visa atender os interesses de poderosos e de grandes empresários, a mídia independente se mostra com uma forma de resistência e luta daqueles que têm a missão de noticiar um conteúdo diferenciado e de qualidade. Muitos jornalistas recém-formados e até os que estão há anos no mercado vêm encontrando espaço nessa modalidade.


O pernambucano Pedro Galindo é um dos que apostou no jornalismo independente. Ele ingressou no curso de Jornalismo da Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), em 2013, já com o desejo de seguir a área esportiva. A certeza veio anos atrás quando, ele integrava uma comunidade na antiga rede social Orkut chamada Doentes por Futebol, que reunia fãs do esporte das mais diversas áreas – engenheiros, servidores públicos, etc.


Um ano antes de Pedro entrar na faculdade, em 2012, o projeto migrou para um site fixo (https://doentesporfutebol.com.br) e ele viu a necessidade de ter um jornalista na equipe. “Quando entrei no curso já tinha o projeto Doentes. Procurei, principalmente, completar minhas lacunas. Primeiro entendi que não é só escrever, captar áudio e tirar foto. Você precisa saber de tudo, como melhorar o layout, a ilustração, cores, pensar em vídeo, podcast, por exemplo”, conta. Para o jornalista, a faculdade fez ele conhecer melhor suas habilidades, além de aprender a forma como os veículos tradicionais funcionam.


No decorrer do curso, estagiou no Diario de Pernambuco, onde conheceu a dinâmica das redações, discussões de pauta e a rotina do ambiente. Depois, foi para a Folha de Pernambuco, experiência que acredita ter sido fundamental para se reconectar com a área esportiva. “Essa experiência me abriu os olhos para o lado cidadão do esporte, o lado saudável, instrumento importante para a cidadania e cultura”, relata.


Durante o trabalho de conclusão de curso, Pedro resolveu se arriscar em um projeto independente sobre jornalismo esportivo. Após um longo período de imersão e pesquisa de veículos tradicionais brasileiros, criou a revista Febre (https://revistafebre.com.br). “Eu e meu orientador fizemos uma pesquisa de como essas revistas se comportavam e descobrimos algumas lacunas no formato das revistas digitais. Foi aí que veio a Febre”, lembra.


Depois da aprovação no projeto de conclusão, Pedro não encerrou a revista, que trata o esporte de maneira diferente das outras revistas tradicionais do mercado. “A maioria das revistas digitais no Brasil são praticamente em formato PDF e não têm conteúdo interativo ou multimídia. Quis fazer um conteúdo que mostrasse que o futebol serve como válvula de escape, através de um jornalismo multimídia”. Hoje, a revista está disponibilizada de graça na internet. Para o futuro, Pedro deseja capitalizar o negócio.


O Box Out (https://cortaluzeditora.com.br/boxout/) é outro negócio idealizado por Pedro Galindo. Trata-se da primeira newsletter interativa brasileira sobre NBA, principal liga de basquete norte-americana. Sobre ela, o jornalista propõe contratar um estagiário que goste de basquete e produza conteúdos interativos. “É preciso fazer uma equação de tempo e dinheiro e ver o que vale a pena fazer porque é preciso que você transforme sua ideia em uma narrativa de negócio. Esse é o maior desafio”, relata.


No último dia 25, Pedro foi convidado para voltar à Unicap. Mas, dessa vez, para um encontro com alunos de Jornalismo. Ele abordou pontos que o fizeram escolher a área esportiva, despertando o interesse de alunos. Para Paula Aguiar (25), o jornalismo independente é uma opção devido ao momento que a atividade atravessa. "Com um cenário tão incerto para o futuro da nossa profissão, vejo o jornalismo independente como uma saída para essa problemática. Escutar as experiências que Pedro vem passando para tocar sua revista virtual é dar ouvidos as saídas possíveis caso nada dê certo".


No encontro Pedro respondeu os pontos altos e baixos de sua trajetória no jornalismo esportivo. Confira a entrevista:


Ainda segundo ele, o ponto mais favorável do jornalismo independente é a liberdade para a escolha das pautas. Entretanto, pontos negativos também estão presentes: “Você não dorme muitas horas, você se sacrifica muito. A última edição da minha revista só três pessoas leram, e eu passei a semana toda fazendo sozinho”, relata.


No Brasil, ainda são poucos os meios de comunicação independente que conseguiram se consolidar no mercado. O Nexo Jornal (https://www.nexojornal.com.br/), por exemplo, é um veículo alternativo em formato digital que publica textos multidisciplinares sobre política, economia, internacional e outros temas. No campo dos esportes, o Podcast 45 Minutos (https://podcast45minutos.com.br/), que trata sobre o futebol pernambucano e nordestino também tem ganhado destaque no meio. Para Pedro, conseguir esse reconhecimento exige tempo e determinação. “Você tem que mostrar que sua ideia é forte. Para isso, você precisa continuar, estudar para fazer a coisa acontecer e ter paciência, porque existe essas dificuldades de você não ser levado a sério muitas vezes.”


O jornalista acredita que é fundamental ter intimidade com o tema em um projeto independente, mas isso pode significar a dificuldade de encontrar um público. No caso da revista, embora o tema seja do seu agrado, existem poucos amantes do basquete no Brasil. “É um desafio constante. No Brasil, o público que curte basquete é elitizado, consome bem, tem poder aquisitivo. E como é um esporte que não tem muita fama no Brasil, as pessoas têm vontade de que as outras conheçam, de evangelizar, sabe? De passar a palavra. Eu comecei a gostar de uns cinco anos para cá. O esporte é muito isso, analisar padrões de jogada”, conta Pedro.


Em relação ao futuro incerto da profissão e aos novos moldes do jornalismo esportivo, Pedro acredita que se encontrou. “O esporte tem um papel na sociedade de inclusão muito grande. Um papel de fomentar boas práticas de saúde e fomentar relacionamentos e de transmitir valores. O esporte é fundamental em qualquer sociedade civilizada. E é isso que eu, como profissional, quero mostrar”, garante.



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