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Esporte bom para cachorro

Esporte bom para cachorro

Atualizado: 14 de nov. de 2018

Por: Marcílio Albuquerque

Edição: Thiago Barreto

A maioria das pessoas gosta de cães. Prova disso é que no mundo existem cerca de 500 milhões de cães registrados pela Sociedade Mundial Protetora dos Animais, e isso não chega nem perto da real população desses animais que, muitas vezes, estão nas ruas. Pelo companheirismo e carisma, os animais caninos são preferência mundial, assim como os gatos, para se criar em casa. E muitas não medem esforços para agradar e estimular seus peludos.


É o caso da pedagoga Alícia Montenegro, 25 anos, que adotou o primeiro cachorro, Panqueca, um SRD (Sem Raça Definida, o popular vira-lata), quando tinha 15 anos, em meio a uma forte crise de depressão provocada pela perda do pai em um acidente de carro. De lá para cá, já foram dez anos de muito companheirismo e amor entre os dois.


Panqueca chegou na vida de Alícia por indicação de um psicólogo. “Logo quando ele chegou, já veio muito alegre e, na hora de dormir, que era quando eu geralmente ficava pior, ele colocava a cabeça no meu colo e começava a me olhar como se entendesse tudo. Foi assim que comecei a melhorar. Hoje estou livre da depressão faz quase nove anos”, afirma a pedagoga.


Casos como o de Alícia e Panqueca são muito comuns, e geralmente o cachorro cumpre bem com esse papel de amizade. Porém, nem sempre está tudo bem com os animais. O Panqueca, por exemplo, teve uma crise de obesidade muito forte, e o veterinário recomendou que Alícia fizesse caminhadas ou praticasse algum esporte junto com o animal. “Foi aí que um amigo me apresentou o Agility e, hoje em dia, não só Panqueca está novamente saudável, como também nossa relação e minha saúde também melhoraram”, Alícia pontua.


Problemas de saúde e peso em animais são recorrentes, geralmente devido ao sedentarismo e à falta de uma alimentação balanceada. Segundo a veterinária Mariana Noriko, 32 anos, as vantagens de praticar exercícios são basicamente as mesmas para os humanos e cachorros. O animal tinha o adicional de ser selvagem, então, ele já caçava e se exercitava bastante, mantendo a saúde. No entanto, é preciso ficar atento porque o exercício varia de espécie para espécie. “Apesar de serem todos Canis Familiaris, existem raças diferentes. Não tem como comparar a rotina de exercícios de um border collie, um cão atlético, com a de um buldogue inglês”, explica a veterinária.


Ainda segundo ela, para essas raças de trabalho, a prática de exercício constante é vital para o bem estar. Um exemplo são os cães de guarda, que precisam do exercício para diminuir a ansiedade. Os cães que têm mais energia, geralmente de raças como dobermann, pitbull, rottweiller, border collie, e até raças pequenas como yorkshire e poodle, precisam do exercício para ficarem calmos e diminuir o estresse.



O agility é um esporte saudável que forma uma grande conexão entre cão e condutor Créditos: (Canil Oatã/Acervo)

Mas existem alguns cuidados a serem tomados. As raças braquiocefálicas, por exemplo, necessitam de uma rotina mais moderada. Por terem o focinho mais achatado, raças como buldogue, pug e boxer precisam sempre serem observadas porque o sistema de ventilação deles é mais lento, e exercício em excesso pode levar a uma morte dolorosa, pois a troca de temperatura de seu corpo é diferente do ambiente.


Outro detalhe importante é de que o exercício para as raças em geral deve ser sempre praticado em horários com temperaturas mais amenas, antes das 10 da manhã, ou depois das cinco da tarde, pois, além de pegar insolação, eles podem queimar as patas no calor do asfalto. E para raças não-braquiocefálicas, é recomendado o agility, esporte que proporciona o exercício e diversão para o cachorro e seus donos.

Entendendo o Agility

Agility é um esporte praticado por duplas compostas de um cão e seu condutor. As regras iniciais foram baseadas no hipismo. O objetivo é terminar a prova sem cometer infrações e no menor tempo possível, tornando assim o agility uma prova de habilidade, onde a velocidade é critério decisivo de desempate.


Qualquer cão, seja ou não de raça, pode praticar o agility desde que suas condições de saúde assim o permitam. Os cães são distribuídos em categorias de acordo com seu tamanho: mini, midi e standard.


O condutor deve conduzir seu cão apenas usando gestos e comandos verbais, porém o cão nunca poderá ser tocado com as mãos de forma voluntária, tão pouco pode ser estimulado com brinquedos ou comida. Existem mais uma série de regras para o agility, sendo que algumas são desclassificatórias como por exemplo abordar o obstáculo errado.


Os obstáculos do agility são compostos por saltos em altura e a distância, passarela, rampa 'A', gangorra, túneis, mesa, pneu e slalom e são dispostos em distâncias que variam de 5 a 7 metros e são numerados de acordo com a sequência que devem ser abordados.


O cão passa por vários obstáculos, sempre procurando ter o mínimo de faltas Créditos: (Canil Oatã/Acervo)

Nas provas oficiais de agility, os condutores só conhecem o percurso minutos antes de competir, porém, há um tempo, geralmente de 7 a 10 minutos no Brasil, para que façam o reconhecimento da pista e montem sua estratégia de condução que varia de condutor para condutor ou, até mesmo, de dupla para dupla. Um mesmo condutor pode ter estratégias diferentes para cães diferentes.


Quanto mais rápido o cão completar o percurso, mais chances ele tem de vencer a competição. Créditos: (Canil Oatã/Acervo)

A primeira aparição documentada do Agility foi como um entretenimento no Crufts Dog Show, em 1978, competição realizada no condado de Islington, em Londres, Inglaterra. Membros do comitê do Show, a fim de entreter o público durante os intervalos do Best in Show, uma das maiores exposições cinófilas do mundo, exibiram um percurso de saltos para a dupla homem e cão, muito semelhante ao que é feito no mundo equestre, para demonstrar a velocidade e a agilidade natural dos cães.


O sucesso foi tamanho, que até hoje o agility faz parte deste evento. A manifestação foi tão popular que cresceu rapidamente, gerando competições cada vez mais padronizadas. Em 1979, diversos clubes de treinamento britânicos já ofereciam treino ao novo esporte de agilidade canina até que, em dezembro do mesmo ano, a primeira competição de Agility foi realizada no International Horse Show, em Olympia, Londres.


O Kennel Club foi a primeira organização a reconhecer, em 1980, o Agility como um esporte oficial com um conjunto de regras sancionadas e o primeiro teste a ser realizado sob as novas regras ocorreu no evento da equipe da Crufts naquele mesmo ano.


Em 1983 fundou-se o Agility Club, o primeiro clube nacional de Agility no Reino Unido. Em 1992, a primeira semana de um show de Agility (“Dogs in Need”, em ajuda a instituições de caridade canina) foi realizada em Malvern, na Inglaterra, com um total de 885 cães inscritos e 5.879 entradas de classe.


Durante os primeiros anos, os cães menores tinham que saltar as mesmas 30 polegadas de altura que os cães de tamanho standard faziam. Somente no final dos anos 80 foram introduzidas classes para o grupo de cães Mini (até 15 polegadas na altura do ombro, saltando 15 polegadas também), executando a primeira competição para essa categoria no Olympia, em 1987. Classes para cães Midi (15 a 17 polegadas no ombro, saltando 20 polegadas) foram introduzidas nos anos 90, mas apenas em 2005 eles ganharam a própria competição no Olympia.


No Brasil, a atividade canina chegou no final da década de 1990, todavia, não é considerado um esporte. A primeira competição oficial de Agility aconteceu em Água Branca, no Estado de São Paulo, em novembro de 1998. E, desde 1999, está presente em campeonatos internacionais, conquistando excelentes colocações, dentre elas:


Em 2002, a seleção Brasileira conquistou, na Alemanha, o seu primeiro título de “Campeões Mundiais de Agility por Equipes Standard”.


Em 2007, no Campeonato Mundial de Agility da Noruega, conquistou o 3º lugar, na categoria por Equipes Midi.


No ano de 2008, no Campeonato Américas & Caribe, na Argentina, o Brasil conquistou 10 dos 12 pódios disputados e no Campeonato Mundial de Agility na Finlândia, foi Bicampeão Mundial na Categoria por Equipes Standard e pela primeira vez na Categoria por Equipes Mini.


Em 2015, o Brasil conquista seu primeiro pódio – o 3º lugar – na Categoria Mini Individual, no Campeonato Mundial de Agility, realizado na Itália. Também em 2015, além das competições estaduais e do Campeonato Brasileiro, o Brasil sediou o XV Campeonato Américas & Caribe, (com a participação dos países de toda a América Central, do Norte e do Sul e Alemanha) que aconteceu no mês de abril na cidade de Itu, em São Paulo.



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