O remédio “magrela”
- impactoesportivo
- 29 de out. de 2018
- 2 min de leitura
Por: Lucas Falcão
Edição: João Gabriel
A bicicleta faz mudar o estilo de vida de quem a utiliza, melhorando a saúde e o bem-estar, além de ser uma fuga ao sedentarismo. Como atividade física, a pedalada torna o caminho da faculdade, do trabalho ou até mesmo um simples passeio um momento de prazer. De acordo com o Dr. Rocha, especialista em nutrição, o ciclismo concede um quadro de benefícios para a saúde como fortalecimento muscular, auxílio na saúde do coração, redução de estresse, melhoria na respiração e ajuda na coordenação motora. À medida que o corpo se acostuma com a atividade, ela se transforma em uma necessidade.
Wagner Amorim (43) usa bicicleta cotidianamente, considerando-a como um remédio. Em 2013, quando trabalhava como analista de vendas em um escritório, ele ficava sentado o dia todo em uma sala fechada. A partir de uma brincadeira entre amigos de trabalho de quem perdia mais peso, decidiu começar a pedalar. “Eu morava na Macaxeira e trabalhava em Prazeres. Comecei a me deslocar de bicicleta porque o transporte público não era muito eficiente e, por conta de despesas, deixei o carro de lado”, explica o analista. Além disso, Wagner também precisava melhorar a circulação do sangue nas pernas devido às manchas escuras que possuía.
Por conta da popularização do uso de bicicletas na cidade, Wagner pegou carona no mercado e, depois de uma série de pesquisas junto com o irmão, abriu a própria loja apenas revendendo bikes fixas. Ele conta que “no começo, a gente ia muito pro Marco Zero e, aos domingos, ficávamos de frente ao Palácio do Governo. Eu botava umas bicicletas bem coloridas, ficava fazendo pequenas manutenções e vendia camisas UV”.

O pequeno empreendimento, que começou há 5 anos em pontos estratégicos do Recife, cresceu. Hoje, Wagner é dono da Toca Studio, loja localizada no bairro do Bongi, zona norte da cidade. Além de venda das “magrelas”, outro nome que se dá às bicicletas, a loja também oferece serviços de manutenção. O analista se especializou em mecânica e pintura em 2015 devido a necessidade de aprimorar suas técnicas, além de ter sido uma forma de se inserir melhor no meio do ciclismo.

Ouça o áudio de Wagner sobre a utilização de bicicletas na cidade:
Segundo o site oficial da Prefeitura do Recife, a cidade computa 41,6 km de ciclofaixas fixas, incluindo ciclovias e ciclorrotas. Entretanto, se levanta cada vez mais a necessidade de um novo planejamento de mobilidade para a cidade. Um planejamento que inclua mais os ciclistas e que seja para todos. O gráfico abaixo mostra em km a estrutura cicloviária nas principais capitais do Nordeste:
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