Duas duplas de irmãs e a paixão sincronizada pelas piscinas
- impactoesportivo
- 22 de nov. de 2018
- 3 min de leitura
As semelhanças entre as cariocas Bia e Branca, principais nomes do nado sincronizado brasileiro, e as pernambucanas Bárbara e Lorena
Por: Beatriz Albuquerque e Letícia Silva
Edição: João Gabriel
Conhecido no cenário esportivo como o “balé das piscinas”, o nado sincronizado é um esporte híbrido que mistura técnicas da natação com coreografias de dança e ginástica. O esporte, associado à disciplina e ritmo, estreou nas Olimpíadas de 1984, em Los Angeles (EUA). Atraindo diversos admiradores, a sequência de movimentos leves com música, ritmo e elegância requer árduos treinos, tanto na parte física quanto na parte técnica.
No Brasil, o esporte ganhou notoriedade com a ascensão das irmãs cariocas Bia e Branca, campeãs dos mais consagrados campeonatos da categoria. Em Pernambuco, outras duas irmãs tiveram as trajetórias marcadas pelo nado sincronizado. A ex-atleta Bárbara Barreto (25) conheceu o esporte na infância, quando estudava em um colégio particular de Olinda. Na época, fazia natação na escola e ficava encantada com os treinos das atletas de nado sincronizado, que acontecia na mesma piscina.

Foi então que Bárbara decidiu fazer parte da equipe e rapidamente se adaptou. Ganhando mais desenvoltura e destaque, a jovem atleta passou a participar de campeonatos estaduais. Ao longo de três anos, foram muitas as vitórias e aprendizados, mas a falta de incentivos somada à mudança de interesses fez com que a atleta parasse os treinos. “Com o tempo fui me sentindo desmotivada, embora aquela fase tenha sido fundamental na minha vida e na construção da minha personalidade”, relembra Bárbara.
Se, por um lado, Bárbara parou, a irmã mais nova Lorena Barreto (19) decidiu dar continuidade à trajetória que havia traçado. Ela iniciou a jornada no nado sincronizado aos sete anos e a admiração pela irmã foi o que a fez despertar para o esporte. “Vê-la fazendo coreografias me inspirou porque sempre amei natação e o meio artístico, como ginástica e dança. Ao ver que dava para juntar os dois, me apaixonei” diz Lorena.

Lorena praticou o esporte durante seis anos. Apesar da rotina exaustiva, tendo que conciliar estudos e treinos, a nadadora conta que muitos dos valores que carrega hoje são frutos dos anos de nado. “A equipe tem que ter uma união muito forte. Se uma pessoa errar a contagem em baixo d’água, por exemplo, todo mundo erra”, conta.
Após nove anos longe das piscinas, a irmã mais velha, Bárbara, também revela saudade de praticar nado sincronizado. “Quando decidi deixar o esporte, tinha mudado meus interesses, mas até hoje sinto muita saudade daquele tempo, principalmente das viagens em equipe para competir”, afirma.
(Fotos/Reprodução)
A dupla inspiradora do nado sincronizado
Sobre uma inspiração brasileira das piscinas, Bárbara e Lorena são categóricas. As gêmeas Beatriz Moreira Feres (também conhecida como Bia Feres) e Branca Moreira Feres são símbolos da prática de nado sincronizado no país. “As pessoas até costumam brincar nos comparando com elas. É inevitável não citar a importância das duas para o esporte na última década”, comenta Lorena.
Nadadoras desde os sete anos, Bia e Branca foram destaques em torneios nacionais e internacionais. Entre os de maior destaque estão o Panamericano de 2007 e os Jogos Olímpicos de 2016, ambos sediados no Rio de Janeiro. “Acredito que a seleção russa seja a mais preparada. Já uma inspiração pessoal para mim seria a pernambucana Gabriela Buffone. Porém, quando se trata de Brasil, Bia e Branca merecem o mérito para além das piscinas. Elas conseguiram transformar a imagem delas em um produto, aparecendo para a grande mídia. Um prestígio que aqui no país só o futebol tem”, conclui Bárbara.

Desconhecido pelo grande público, o nado sincronizado é repleto de curiosidades que poucas pessoas imaginam. Confira abaixo alguma dessas curiosidades:
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