A importância do Bolsa Atleta para os jovens pernambucanos
- impactoesportivo
- 29 de nov. de 2018
- 3 min de leitura
Atualizado: 3 de dez. de 2018
O impulso para a realização de sonhos esportivos
Por: Lidiane Souza e Júlio César
Edição: Giovanna Camargo
Para realizar sonhos de jovens e adultos, o programa de patrocínio individual de esportistas no mundo está beneficiando competidores em Pernambuco. No ano de 2017 e 2018 mais de 400 atletas pernambucanos foram participantes dos programas, sejam eles da elite ou das categorias de base, tendo 42 modalidades sendo contempladas. No total, o Bolsa Atleta PE tem 376 esportistas participantes, segundo a Secretaria de Turismo, Esportes e Lazer de Pernambuco. Ainda segundo a Secretaria, o Bolsa Atleta PE, por sua vez, oferece benefícios que variam de R$ 380 a R$ 2,5 mil mensais para cada temporada. Os beneficiários do Bolsa também possuem acompanhamento nutricional gratuito.
Fernando DDI tem 37 anos, nasceu em Garanhuns, agreste central de Pernambuco, e é jogador da Seleção Pernambucana e Brasileira de Futebol de Areia. No começo de sua carreira, quando ainda era uma criança, veio morar no Recife com a sua mãe, onde enfrentou os seus primeiros adversários: a falta de alimentação adequada e local para treinar. “Foi muito difícil no começo, enfrentei dificuldades, mas nada no início é fácil, tudo é por um acaso. ” Relata.
O sonho de se tornar um aleta de sucesso se realizou e cresceu, e uma velha promessa feita por ele de criar uma organização para treinar novos atletas foi cumprida em 2015, com a fundação do Instituto Geração 4. O instituto conta com uma equipe multidisciplinar e atende 80 jovens de escolas públicas do entorno do Parque Esportivo Santos Dumont, em Boa Viagem.
Segundo DDI, a lei de incentivo ao esporte pernambucano, do Governo do Estado, foi um incentivo para a os atletas do estado. Ainda segundo ele, a lei veio para profissionalizar o instituto. “Consigo ver um futuro extenso para os novos atletas que estão se formando”.
No meio de tantas dificuldades enfrentadas na área esportiva, neste ano surgiu uma polêmica envolvendo o novo presidente e a extinção do Ministério dos Esportes, mesmo depois voltando atrás em sua palavra, ainda deixa os atletas com receio de que essa escolha ainda venha a ser tomada. De acordo com o atleta, a notícia não foi vista como solução e nem será.
Fernando também já recebeu a Bolsa Atleta Federal Internacional e, devido ao adiamento e aos cortes, as bolsas esse ano não foram pagas, mas o jogador, com mais de 100 jogos pela seleção, acredita renovar em 2019.
Suely Rodrigues Guimarães é atleta paraolímpica na modalidade lançamento de disco, arremesso de piso e lançamento de dardo. Ela iniciou sua carreira em 1981, e logo já estava representado o Brasil no exterior em campeonatos Parapan-Americanos em Porto Rico, Caracas, Venezuela, Mar Del Prata e também no Rio de Janeiro, além de sete mundiais e seis paraolimpíadas em Barcelona, Atlanta, Síria, Atenas e Pequim.
O atletismo, que significa muito pra Suely, é a sua marca maior “Eu acho que dediquei a minha vida ao esporte, eu posso dizer que fui a precursora do desporte paraolímpico no Brasil e em Pernambuco”, diz.
Ainda de acordo com ela, seu protagonismo no esporte ajudou a revelar outros talentos. Em relação às questões relacionadas à política partidária, Suely afirma que isso nunca afetou o reconhecimento do seu trabalho. Para ela, o apoio do governo desde que foi criada a bolsa atleta, ajudou muito nas conquistas se suas medalhas e troféus.
Já sobre o polêmico assunto envolvendo o Ministério dos Esportes no próximo governo, ela disse ficar triste e que a medida pode prejudicar “É uma pena saber que o novo presidente cogitou isso, mas tem uma pasta que vai exercer a mesma função”. E completa, “se ele botar um ministro do esporte junto com educação, eu acho que não vai ser prejudicado”, afirma.
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